terça-feira, 23 de outubro de 2007

a voz O



Eu não quero ver tudo
parado ao meu redor

Eu não quero ver nada
paralelo ao nada

Eu não quero mais não querer nada e o nada

quero viver algo inesperado
e não vivido
quero ouvir uma canção
que jamais foi cantada
quero ver aquilo que é invisível
tudo sem pé e nem cabeça...
sinto uma dó aqui no peito
no peito
O menino lá fora
tão preso aqui dentro
me dá um suspiro pra eu respirar
outrora não havia mais em mim
o pássaro que não canta mais
o singelo O
VOGAL
circular
singular

segunda-feira, 4 de junho de 2007

estranheza///

Olhar sobre a mesa e ver um prato decorado que
a pouco não estava lá;
A sua volta não vê ninguém
e pensa ser algo do além.
Criando possibilidades
imagina coisas e pessoas com tais habilidades;
estranho, e nada de elementar.
Confuso senta em sua cadeira, confortável e reclinavél,
pega o refrigerante de cola que havia colocado no chão,
respira fundo e olha sua composição,
pensado que talvez este produto tenha lhe causado uma
alucinação.

domingo, 27 de maio de 2007

Sábado em Domingos

Encontrar em algum lugar
o ser com quem poderia ser.
Estar ao lado e a distância levar,
com o vento, todo o nada
Os olhos nos meus olhos, não tem o mesmo olhar que os meus,
dentro destes mesmos olhos,

Vejo a vela na mesa ao lado refletir
naqueles olhos que observo
e decido parar de olhar

O meu querer me embriaga,
e ficar embriagado pode ser a maneira de não responder por meus atos
Me diga..

quem é você??? e qual a sua mentira?
o que faz aqui? pra onde vai ? de onde vem?
o que quer de mim?
quer a mim?

Me vejo
a esperar o ultimo olhar com à ameaça do raiar do dia

Meus olhos, apenas olham
Seus pés acompanhados, pelas calçadas
passo á passo
desaparecem
como um disco riscado
as imagens vão e voltam
e eu vou seguindo
e indo

quinta-feira, 10 de maio de 2007

devagando...

bom ..
dar continuidade nas coisas da vida...
perceber as melhores escolhas...
sei que andei errado
e entendo
aprendo
quero aprender
bato a cabeça mil vezes na parede
bato o pés
e percebo
nada aprendi
poucas palavras
um postura
o novo
o medo e todos os sentimentos do mundo em um copo descartavel
me reciclar...

quinta-feira, 3 de maio de 2007

...

Eu vejo inumeros pés agrupando-se ao meu redor
rodo, rodo e rodo, mas eles me cercam
vejo como eles pisam no chão
e vejo a reação do chão pisado
abro meus braços,
como se estivesse abrindo passagem
e todos aqueles pés se afastam numa coreografia lenta
corro, corro e corro,
o vento frio gélido de inverno bate em meu rosto
e corro porque?
sim! um dia eu estive aqui, eu me lembro!
me lembro mesmo e eu mesmo ja esqueci
vejo os sentimentos, todos os sentimentos do mundo
e não me vejo
o ceu que nos proteje, nos castiga com sua imensidão
e eu espero...
espero
espero
assim vou seguindo e indo
num movimento que aprendemos com o mar.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

chapter four

...

a descrição do vácuo não se dá na multidão
assim como a chuva esta para tempestade
sigo em vias confusas que não sei onde darão
abre os braços e recebe no peito a flor marrom que eu mesmo trouxe
segue agora com a camisa manchada de terra ,
a terra não fertíl,
porém terra
No sono tranquilo diante projeções
nem ao menos reparei
quem estava ao lado, eu nem sei,
nem ao menos um substantivo próprio perguntei
a assim fico mais aliviado

assim fico no anonimato...

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Chapter Three " ..."


do nada,
refazer qualquer coisa
que possibilite uma nova versão de você mesmo e nele se deleite na outra oportunidade de desfazer-te,
assim, ao mesmo tempo, suas escolhas manchadas pela moral ai na tua cabeça implatantada, plantada e tristemente fecundada, pensamento em flores, atos em coqueiros, vida em duas mão, dias pares e você estático observa o mundo a girar, e girar com ele vá, nessa roda, cirandou e tonto caminhou para este lugar, nos pés, no teu all star, cano alto, um borrão de barro, que ninguem se lembra mais, esquece pois você também tudo... que o nada é mais perspicaz...