quarta-feira, 4 de outubro de 2006

chapter two "o outro"

Como,,,,,,,,,,,
e não tenho outra coisa pra fazer
Vejo
a felicidade alheia e não participo
não sou convidado
me encho
me iludo
me tudo e todos
me faço e não me aguento
mordo, mastigo
engulo á seco
apenas não compartilho do que convidado não fui...

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Chapter one "o Fruto"

O trago do que me ultraja
me deprecia
e eu o dedico.

Os olhares que me olham
não são...
verdadeiros,
mas por mim.
olho e não vejo nada
só escuridão, a escuridão
consumista e pluralista que me abraça.

O frio que toca minha pele
e a faz arrepiar, me deixa tonto
na noite da festa que faltei...

sente e sente só.
A dualidade não existe neste agora...

Em meio à tantos gestos
manifesto o que não quero mostrar
sinto o que não quero sentir
menti
pra você, pra mim

o querer eu sei, e nem sei ao certo
estranho acalentar que mal sinto
apenas venero.

Com o pequeno que tive, se tive...
o fruto comi,
o fel vomitei,
e nos meus olhos ver
o mel da boca sair....

Não há nada tão tentador
entre o céu e a terra,
quanto o fruto proibido...

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Prologo...

Escrevo, sem ao menos saber o que....
Assim como ando apressado sem saber onde vou

percebo e paro.

olho o meu allstar, preto, cano alto, sujo
por tantos pisões que levou e leva...
sinto meus pés
sinto cada passo adiante, num andar solene e calmo.

Olho entorno
olho os carros passando
lembro do meu olhar no espelho
lembro do espelho me olhar

vejo tudo dentro deste aquário
onde não cuidam bem de mim
quero que o vidro quebre,
e me veja no chão com os pequenos cacos
livre

e de dourado mutar para borboleta
e voar um dia inteiro
e depois
descansar

por tanto nadar e nada
e andar pra nada
e mutar pra nada
e mesmo assim que o nada me faça um dia feliz...